The Stanford Prison experiment

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Stanford Prison Experimento, by Philip Zimbardo

Unknownstanfordprisonexperiment

 

 

Um estudo fascinante e de suma importância para os amantes do tema prisão é o Experimento Prisão de Stanford, ou Stanford Prison Experiment. Conduzido por Philip Zimbardo, na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em 1971, tinha por intenção verificar quais os efeitos psicológicos de se tornar um detento ou um guarda em uma prisão.

Vinte e quatro homens, estudantes universitários, foram selecionados dentre setenta e cinco voluntários e aleatoriamente designados como detento ou guardas em uma prisão simulada, situada no porão do departamento de psicologia de Stanford. Os participantes se adaptaram aos seus papéis muito além do que poderia ser imaginado ou esperado pelo próprio autor do experimento, sendo que as medidas autoritárias tomadas pelos guardas de fato sujeitaram os detentos a verdadeiras torturas psicológicas.

A hipótese a ser testada era de que forma a personalidade de  pessoas comuns poderiam ser afetadas pela situação de tornar-se detento ou guarda de uma prisão. Os voluntários foram previamente analisados e os vinte e quatro escolhidos foram aqueles avaliados como os mais saudáveis e psicologicamente estáveis. A maioria era formada de brancos de classe média alta, o que foi propositadamente condicionado de modo a excluir aqueles com antecedentes criminais, problemas psicológicos ou médicos prévios. Todos aceitaram participar da experiência pelo período de 14 dias e receber $15 por dia (equivalente a $85 em 2012).

Aqueles designados para ser guardas foram instruídos previamente, de modo que não poderiam causar qualquer mal físico aos detentos. Porém, poderiam criar desconforto psicológico, noção de arbitrariedade, sensação de tédio, medo até certo ponto, de que a vida deles era totalmente controlada pelo sistema, de que não havia privacidade.

Assim, aqueles que foram designados para ser detentos foram, de fato, recolhidos de suas casas pela polícia, na frente de toda a vizinhança, que desconhecia à época do experimento, levados à delegacia, passados por todo o procedimento comum para a pessoa presa.

Apesar de o experimento ter sido idealizado para durar 2 semanas,  foi abortado em apenas 6 dias, devido aos verdadeiros abusos psicológicos sofridos pelos participantes do projeto. Muitas das cenas foram filmadas e registradas e resultaram em um fantástico documentário, como pode ser visto no vídeo a seguir.

É possível ver como a situação é construída ao longo do tempo, sendo que, no primeiro dia, muitos ainda levavam o experimento como uma brincadeira. À medida que o tempo foi passando, todos se tornaram reféns de uma realidade criada. Vale a pena conferir!

 

 

 

 
Website sobre o experimento e seus resultados, pelo próprio autor, em inglês, clique aqui.

Mais detalhes em português, clique aqui.

 



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