Fuga de preso da Papuda-DF

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Danilo Silva Souza fugiu do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, na madrugada do dia 18 de março de 2015. Segundo informações de agentes penitenciários, para escapar, ele teria feito um buraco na parede, serrando a cela em seguida.

A Polícia Civil divulgou a foto do detento e pede que informações sobre o paradeiro dele sejam repassadas pelo Disque-denúncia 197. A denúncia é anônima.

 

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Condenado a 8 anos de prisão por homicídio cometido em Taguatinga, Danilo foi preso em março de 2013. Além deste crime, o detento ainda responde judicialmente por tentar matar mais duas pessoas, estando os processos ainda em julgamento. Ele tinha sido beneficiado pela progressão da pena em dezembro de 2014, passando a cumprir sua sentença em regime semiaberto, ficando, portanto, no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) por não ter tido nenhuma oferta de trabalho. Caso conseguisse emprego, seria transferido para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde lhe seria permitido sair para trabalhar durante o dia, ficando apenas submetido ao recolhimento noturno.

Segundo o diretor da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (SESIPE), João Carlos Lóssio, a fuga foi registrada na 30a Delegacia de Polícia, em São Sebastião, e equipes de recaptura compostas por policiais civis e agentes penitenciários foram mobilizadas para localizá-lo nas próximas horas ou dias. A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (SEJUS) ainda está aguardando relatório do diretor do estabelecimento penal para instaurar procedimento apuratório sobre a fuga.

Evidentemente, mais uma vez, a superlotação é trazida à tona, sendo que o secretário geral do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (SINDPEN-DF), Wesley Barros, afirma que o número de vagas é insuficiente para a demanda, sendo 14 mil presos para 7,5 mil vagas. O número de agentes penitenciários responsáveis pelas atividades penitenciárias também seria insuficiente, sendo em torno de 1,3 mil, quando, na realidade, a necessidade seria de mais 2 mil profissionais na área. Por esta razão, seria necessário priorizar os objetivos da pena, sendo que a opção atual é pela segurança das pessoas e do patrimônio, deixando para segundo plano serviços de reintegração social.

 

A arquitetura prisional, como não poderia deixar de ser, sempre entra na discussão quando fatos dessa natureza acontecem. Seria um problema de gestão do estabelecimento? Ou falhas na própria estrutura predial? Existiriam meios arquitetônicos e/ou sistemas construtivos capazes de evitar tais ocorrências?

 

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